Há cerca de um ano o xadrez do ATV perdeu a sua figura central e o seu maior entusiasta. Avelino Mano era a presença mais regular e entusiástica desde os primeiros anos de atividade regular de xadrez no ATV em 2001. Aquele que nunca se chateava com nada com ninguém, e a quem não incomodavam sequer as formas mais ruidosas de expressão dos restantes, maioritariamente bem mais novos na idade. Perdeu também o seu elementos mais disponível e generoso para tudo o que fosse necessário: jogar, ser árbitro, divulgar, ensinar, fosse na sede, do ATV fosse em qualquer outro espaço como a Feira de S. Pedro.

Na sexta feira dia 2, organizou-se uma pequena homenagem a este grande ser humano que perdemos. Alguém que, mesmo na doença, se destacava pelo positivismo, pela alegria, pelo humor (alguns jogadores de xadrez de outros clubes ficaram na altura surpreendidos pela notícia: nem sequer lhes passava pela cabeça que aquele homem com quem tinham estado poucas semanas antes pudesse estar doente), pela vontade de continuar a fazer o que gostava. Alguém que nos tornava a todos melhores.

O momento contou com a presença da esposa e do filho, dos elementos do xadrez do ATV, incluindo vários que não têm estado ativos no tabuleiro mas que marcaram resença naquela noite de homenagem, do Presidente atual da Direção do ATV, da anterior Presidente, de vários elementos da Direção atual e de Direções anteriores, e de jogadores
do clube amigo da Casa do Povo do Bombarral. Outros jogadores de outros clubes, assim como o presidente da Associação de Xadrez de Lisboa comunicaram também que não poderiam estar, mas que o Avelino era de facto um exemplo. Algumas histórias foram recordadas, pela família, pelos colegas do xadrez e também por aqueles que fazem parte ou passaram pela Direção do ATV. Também se jogaram depois alguns jogos, no mesmo registo em que tantas vezes o Avelino jogou naquela sala: com muita descontração e sem silêncio!